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Médicos cubanos custaram 12 milhões de euros ao Estado português

19 ago, 2014

Acordo de cooperação entre Portugal e os Serviços de Médicos Cubanos foi criado em 2009 para colmatar as carências de médicos de família.

Os médicos cubanos já custaram 12 milhões de euros ao Serviço Nacional de Saúde, no âmbito do acordo de cooperação entre Portugal e os Serviços Médicos Cubanos, segundo dados a que o jornal “i” teve acesso, depois de uma queixa na Comissão de Acesso a Documentos Administrativos, que obrigou a tutela a fornecer estas informações.

O acordo foi criado em 2009 para colmatar as carências de médicos de família em Portugal e assinado pelo Governo de José Sócrates, tendo sido foi alvo de dois aditamentos, o mais recente em Abril deste ano.

Estes profissionais de saúde ganham 96 euros por hora, o triplo do que a lei portuguesa permite nas contratações de assistentes graduados com exclusividade ou de chefes de serviço a empresas fornecedoras de serviços médicos.

Em Portugal, um médico de família com cinco anos de experiência, tal como é exigido a estes profissionais de saúde, recebe 2.800 euros por 40 horas de trabalho.

Tendo em conta que foi anunciada a chegada de 52 médicos cubanos, a despesa mensal pode rondar os 219 mil euros, números revelados na edição desta terça-feira do jornal “i”.

O dinheiro é depositado pelas entidades onde os médicos trabalham na conta de uma empresa estatal cubana, de três em três meses, que paga aos profissionais menos de um quarto do que recebem, ou seja, cerca de 900 euros. O resto do dinheiro são receitas para financiar formação e o serviço de saúde cubano.

O actual acordo define agora que Portugal e Cuba dividam as despesas das viagens para a ilha, a que os médicos têm direito uma vez por ano, e indica que podem ser contratados, no máximo, 100 médicos até 2016.