As ultrapassagens mal calculadas estão a ganhar terreno na lista das principais causas da sinistralidade, de acordo com a GNR.
Na perspectiva do responsável pela Divisão de Transito e Segurança Rodoviária da GNR, coronel Barão Mendes, o maior recurso a estradas secundárias por parte dos automobilistas está na origem do problema. Na origem das colisões e dos despistes começa a "ter um papel preponderante as manobras perigosas e as ultrapassagens mal efectuadas, especialmente nas estradas nacionais, que não têm separador central", diz o responsável à
Renascença.
Uma vez que os portugueses usam cada vez mais as estradas secundárias, a GNR aconselha os condutores a realizar manobras de ultrapassagem "apenas quando tiverem a certeza de que que o fazem em segurança para si e para os outros”.
Ainda assim, os números da sinistralidade deste verão continuam a acentuar a tendência de redução. O grande problema das estradas portuguesas continua a estar no álcool e na velocidade.
Nos últimos dois meses, a GNR registou, por dia, em média, "cerca de 600 condutores em excesso de velocidade e cerca de 122 excessos de álcool".
Entre as principais infracções detectadas este verão está a condução sem cinto de segurança e a falta de sistemas de retenção para as crianças.
No terreno, a GNR tem desde a meia-noite mais uma fase da "
Operação Hermes - Viajar em Segurança", dedicada a este período de Verão.
Até ao final do dia de domingo, 3.000 militares vão estar atentos aos principais itinerários que dão acesso a zonas balneares, festivais de música e zonas de diversão nocturna.