"Um rosto da troika" ou "do sucesso"? Duas faces do mesmo Moedas

A escolha de Carlos Moedas, secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, para integrar a futura Comissão Europeia não reúne consenso em Portugal. Governo e oposição tiram conclusões diferentes a partir do percurso do futuro comissário europeu.

"É um bom nome" e dará "um extraordinário Comissário Europeu, como foi um extraordinário membro do Governo". Carlos Moedas tem condições para desempenhar variadíssimas funções dentro da comissão". Apesar "de estar a par de ex-primeiros-ministros e pessoas que já foram comissários europeus, não me parece que ele tenha qualquer "handicap" que o torne uma escolha menos boa face a todos os seus colegas". Passos Coelho, primeiro-ministro

"O rosto de um português inconformado com a situação de desastre nacional a que chegou o país em Maio de 2011". Marco António Costa, PSD

"Um dos principais rostos da política da troika”. João Ferreira, PCP

"O rosto do sucesso possível do Estado no termo de um ciclo de intervenção externa que os socialistas trouxeram", uma escolha "pacífica" e "razoavelmente consensual”. Nuno Melo, CDS-PP

Uma escolha "estritamente partidária" e uma má notícia para Portugal". António José Seguro, PS

"Um homem de mão dos interesses financeiros e económicos e da elite económica financeira". Mariana Mortágua, Bloco de Esquerda

"Uma pessoa extraordinariamente competente, muito trabalhadora". Miguel Poiares Maduro, ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional

"Uma escolha que terá certamente os seus méritos. De entre os quais não há propriamente um grande esforço de concertação e de consenso". Vasco Cordeiro, presidente do Governo dos Açores (PS)

"Um aliado" da Madeira com “bastante experiência em liderar no meio financeiro internacional”. "Não tenho razão de queixa dele, pelo contrário". "Fico satisfeito por ter uma pessoa amiga na Comissão Europeia". Alberto João Jardim, presidente do Governo da Madeira (PSD)