Estrangeiros que visitam Portugal gastam em média 100 euros por dia

O gasto médio diário de cada visitante, não residente, que se deslocou a Portugal em 2013 foi de 100,22 euros, anunciou esta quinta-feira o Instituto Nacional de Estatística.

Este valor inclui turistas (visitantes com dormida), que gastaram em média 104,23 euros por dia, e excursionistas (visitantes sem dormida), que gastaram 77,17 euros. Os visitantes que se deslocaram a Portugal por motivos "profissionais ou de negócios" gastaram por dia cerca de 166,56 euros.

O modo de transporte foi o factor mais diferenciador no que toca ao nível de despesas. Os visitantes que se descocaram por via aérea tiveram um gasto médio diário “per capita” de 129,76 euros, superior ao registado pelos que utilizaram o meio de transporte rodoviário (47,96 euros).

Os principais gastos foram registados em transportes internacionais (27,3% do total), em pacotes turísticos (20,1%), em restaurantes, cafés ou bares (16,9%) e em alojamento (14,1%).

No caso específico dos turistas (visitantes com dormidas), as principais rubricas de gastos foram as mesmas, mas com expressão relativa mais elevada em pacotes turísticos e em alojamento, em detrimento dos transportes internacionais.

Portugueses gastam menos em viagem
As viagens ao estrangeiro dos portugueses implicaram um gasto médio diário “per capita” de 71,25 euros, um valor 28,9% inferior ao registado pelos visitantes não residentes em Portugal.

Cerca de metade (50,1% na época alta e 44,8% na baixa) dos indivíduos residentes em Portugal que saíram em viagem eram excursionistas, ou seja, efectuavam viagens de um só dia, sem dormida. 

Em relação aos turistas residentes em Portugal que visitaram locais no estrangeiro, destacaram-se, os gastos com transportes internacionais (18,0% do total do gasto médio diário “per capita”). 

As categorias "alojamento" (16,5%) e "combustíveis" (16,0%) também representaram gastos significativos. Os combustíveis representaram também 46,3% dos gastos dos excursionistas residentes em Portugal que se deslocaram ao estrangeiro.

O INE refere ainda que em relação aos residentes em Portugal que viajaram para o estrangeiro, o "pacote turístico" (10,8%) teve substancialmente menor importância relativa comparativamente com os visitantes chegados do estrangeiro.

Em contrapartida, os gastos em "supermercados ou mercearias" pesaram 11,3% nos gastos turísticos dos residentes e apenas 5,0% no caso dos não residentes.