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Mais de 260 passageiros da TAP retidos em Maputo

25 jul, 2014 • Liliana Monteiro

Contratempo causado por avaria num avião. Passageiros só deverão voar para Lisboa no domingo de manhã.

Mais de 260 passageiros da TAP retidos em Maputo

Um total de 266 passageiros estão retidos em Maputo deste quinta-feira à noite, devido a uma avaria num avião da TAP que deveria fazer a ligação entre a capital moçambicana e Lisboa.

O problema no Airbus vai ser reparado por uma equipa técnica, que parte de Lisboa para Maputo no sábado.

Quanto aos passageiros só devem seguir viagem no próximo domingo de manhã. No local são poucas as informações e há muitas queixas relativamente à forma como toda a situação foi gerida .

Nuno Teixeira, um dos 266 passageiros que ficou em terra, explica à Renascença que a tripulação começou por dizer que “havia uma pequena avaria técnica, que estaria resolvida em 30 minutos”.

Ao fim de mais de uma hora, os passageiros foram informados que “não seriam possível realizar o voo, porque a reparação não seria possível sem os técnicos adequados”, conta Nuno Teixeira.

Diz este português que a saída do avião foi confusa. Os passageiros nunca viram qualquer assistente da TAP, empresa que, até agora, ainda não deu respostas a queixas e pedidos de indemnização.

André Serpa Soares, porta-voz da TAP, disse à Renascença que os 266 passageiros devem sair de Maputo rumo a lisboa apenas no domingo de manhã. Até lá, têm garantidos hotéis e refeições.

Este é mais um caso a envolver a transportadora aérea nacional que esta semana foi obrigada a cancelar quase 50 voos, devido ao atraso na entrega de seis novas aeronaves.

O presidente da companhia, Fernando Pinto, anunciou na quinta-feira “medidas excepcionais” para compensar os funcionários pelo trabalho extraordinário que têm realizado desde o início de Junho.

Os pilotos realizam esta sexta-feira uma assembleia-geral, onde a possibilidade de greve vai esta em cima da mesa.

O ministro da Economia, António Pires de Lima, admitiu que os sucessivos cancelamentos de voos na TAP colocam em causa a "imagem de Portugal" e devem ser "motivo de reflexão" para a administração da companhia.