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Governo quer resolver em breve questão do helicóptero parado na Madeira

11 jul, 2014

O ministro da Defesa referiu que a falta de comandante acontece porque "desde 2000 já saíram da Força Aérea Portuguesa 275 pilotos".

O ministro da Defesa Nacional, José Pedro Aguiar-Branco, considerou ser previsível que a situação da falta de comandante da esquadra que está a afectar a operacionalidade do helicóptero da Força Aérea Portuguesa no Porto Santo fique resolvida ainda este verão.

"É uma circunstância transitória, que deriva do facto de ter havido uma saída inopinada de vários comandantes e pilotos, que infelizmente não é nova", disse o governante no Funchal à margem da conferência promovida pela Associação Comercial e Industrial do Funchal (ACIF), subordinada ao tema do pós-troika.

Aguiar-Branco disse que o que está em causa é "a reposição do nível de prontidão" daquela esquadra, assegurando que não está em causa o incumprimento da missão a que está destinada.

"É o nível de prontidão que foi alargado para um período maior do que estava antes disso", explicou, realçando ser "previsível que durante este período de Verão a situação ficasse resolvida".

O ministro da Defesa referiu que a falta de comandante acontece porque "desde 2000 já saíram da Força Aérea Portuguesa 275 pilotos".

"Estamos a trabalhar para que essa circunstância não volte a acontecer", assegurou, adiantando que houve "um reforço do orçamento da Força Aérea para haver uma qualificação mais rápida de pilotos".

Governo procura solução "estrutural"
Aguiar-Branco informou que o Governo também está a efectuar "um trabalho estruturado de articulação das companhias civis no âmbito da orbita do Estado para encontrar uma solução de natureza estrutural".

"Esta é uma situação circunstancial, transitória, já não é a primeira vez, aconteceu em 2007 uma situação semelhante", apontou.

Aguiar-Branco argumentou que "hoje não é possível, do ponto de vista financeiro haver uma competitividade com as companhias aéreas civis".

O ministro realçou que o objectivo do Governo é "encontrar uma forma estrutural de conseguir solucionar um problema que é crónico".

O helicóptero da Força Aérea Portuguesa, no destacamento do Porto Santo está parado há dois meses por falta de piloto comandante, uma situação que prejudica as operações de busca e salvamento, bem como a evacuação de doentes nos mares da Madeira, com reflexos em situações de emergência também nos Açores.