Alfândega do Porto quer retirar serviços aduaneiros

O Centro de Congressos da Alfândega do Porto considera ter chegado a hora dos serviços aduaneiros abandonarem o edifício. Um estudo a que a Renascença teve acesso, elaborado pela Porto Business School, apresenta boas perspectivas de desenvolvimento para o melhor centro de congressos da Europa.

Gouveia Santos, director executivo do Centro de Congressos da Alfândega do Porto, diz existirem múltiplas razões, entre elas de segurança, para que os serviços aduaneiros abandonem o edifício: “O ruído que resulta de um evento, que pode ter as mais diversas formas de intervenção, gera ruído, gera dinâmica e esta não será a melhor convivência para quem necessita de recato para trabalhar.”

“Além disso há eventos que implicam que o edifício seja isolado por questões de segurança. Com serviços públicos a funcionar torna-se complicado, nomeadamente, porque é preciso que os responsáveis cedam tolerância de ponto para que os funcionários não estejam cá. Ou a estarem, pode correr-se o risco de não se ter o congresso porque há aqui incompatibilidade.”

Entre as principais conclusões da investigação, destaca-se a criação de 4.800 postos de trabalho (directos e indirectos) entre 2007 e 2013, o contributo para o PIB na ordem de 124,4 milhões de euros (valores de 2010), bem como os 29,5 milhões de euros de receitas fiscais geradas nos seis anos de análise.

Melhor centro de congressos da Europa
Para além dos números, o Centro de Congressos da Alfândega foi recentemente contemplado com o prémio de melhor centro de congressos da Europa.

“Temos procura. Esta coincidência fantástica de termos um prémio, de sermos o melhor centro de congressos da europa é muito relevante. O Porto merece. Hoje termos mais espaço, termos mais dois mil metros quadrados seriam muito bem-vindos. Dar-nos-iam um grande input para a nossa actividade”, explica Gouveia Santos.

O estudo da Porto Business School sobre o Centro de Congressos da Alfandega do Porto foi apresentado esta quinta-feira.