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Estado terá de indemnizar se não concordar com novo aeroporto de Lisboa

09 jul, 2014

Alerta do PS foi feito numa audição aos membros da comissão de acompanhamento da privatização da ANA, na comissão parlamentar de Economia e Obras Públicas.

Estado terá de indemnizar se não concordar com novo aeroporto de Lisboa
18/04/10
O Estado terá de chegar a um acordo com o grupo francês Vinci, accionista da ANA-Aeroportos, se este decidir avançar com o novo aeroporto de Lisboa, ou será considerado incumpridor e obrigado a pagar uma indemnização. O alerta foi feito pelo PS no Parlamento.

"O Estado tem possibilidade de discutir com o concessionário a questão do aeroporto, mas se verificarmos que não há acordo, o Estado passa a incumprir o contrato, com todas as consequências", acusou o deputado socialista Paulo Campos, durante uma audição aos membros da comissão de acompanhamento da privatização da ANA, na comissão parlamentar de Economia e Obras Públicas.

De acordo com o deputado, o limiar mínimo a pagar pelo Estado à ANA e ao accionista grupo Vinci terá de corresponder a 13% dos capitais próprios da concessionária.

Paulo Campos sublinhou ainda que "o Estado pode vir a ser chamado para pagar os encargos futuros" da construção de um novo aeroporto na região de Lisboa, mas "quem define o valor será a concessionária".

O contrato final assinado entre o Estado e o grupo francês determina também que o aeroporto de Lisboa terá capacidade para um máximo de 22 milhões de passageiros por ano. Quando for atingido esse limiar, as duas partes deverão conversar sobre a solução para a falta de capacidade, incluindo a possibilidade de um novo aeroporto.

Os membros da comissão de acompanhamento à privatização da ANA estão no parlamento a explicar o processo de venda da gestora aeroportuária mais de um ano depois do anúncio do comprador, após um requerimento potestativo do PS. Prevê-se que também o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, venha a uma audição requerida pelo PSD/CDS-PP.