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Centrais sindicais contestam reposição dos cortes na função pública

12 jun, 2014

CGTP considera que a decisão do Governo vai contra o Tribunal Constitucional. UGT defende que "haverá outras alternativas".

O Governo garante que ainda irá conversar com os parceiros sociais, mas as centrais sindicais contestam desde já a reposição dos cortes salariais na função pública.

O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, argumenta que a decisão vai contra a decisão tomada pelo Tribunal Constitucional, no final do mês passado. 

“Para a CGTP, o problema não se resolve com cortes do tempo do outro Governo, o problema resolve-se com a reposição na totalidade dos salários e das pensões. Foi isto que o Tribunal Constitucional decidiu.”

Arménio Carlos acredita que “todos os sindicatos da administração pública, independentemente do seu posicionamento no que respeita às confederações sindicais não deixarão de recusar estes cortes ou a manutenção destes cortes”.

A presidente da UGT, Lucinda Dâmaso, defende que a proposta do Governo de reintroduzir os cortes entre 3,5% e 10% sobre salários do sector público superiores a 1.500 euros "não é justa", considerando que "haverá outras soluções".  
 
"Continuamos a considerar que não é justo. Com certeza que haverá outras soluções para que os trabalhadores da função pública não sejam tão penalizados como têm sido ao longo destes tempos", afirmou Lucinda Dâmaso, à entrada para uma reunião dos parceiros sociais com a presença do vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, e do ministro da Segurança Social, Mota Soares.