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Um em cada três alunos precisa, mas não tem apoio à aprendizagem

11 jun, 2014 • Fátima Casanova

Grupo de trabalho da educação especial propõe uma atenção diferenciada aos alunos diagnosticados com dislexia, défice de atenção ou hiperactividade.

Um em cada três alunos precisa, mas não tem apoio à aprendizagem

Cerca 30% dos alunos que frequentam a escola pública não recebem qualquer tipo de apoio para as aprendizagens, indica o grupo de trabalho sobre educação especial, que esta quarta-feira apresentou as conclusões do estudo realizado durante os últimos quatro meses.

Pedro Cunha, sub-director geral de Educação, diz que estes alunos vão ter problemas de aprendizagem em qualquer momento do seu percurso escolar, mas a escola não tem as respostas adequadas.

“Se até 30% dos alunos precisam de um apoio, perguntámos o que é que está a faltar na escola para que estes alunos têm a resposta de que necessitam para que não tenham, mais tarde, de integrar a educação especial porque as suas dificuldades de aprendizagem se tornaram permanentes, irrevogáveis, e portanto têm que ser apoiados por técnicos altamente especializados, em contextos mais segregados, o que não é desejável”, afirma Pedro Cunha.

Muitos destes alunos são, para já, referenciados como tendo necessidades educativas especiais, conceito que deveria ser utilizado só quando as necessidades são de carácter permanente, defende o grupo de trabalho da educação especial.

O grupo propõe, por isso, uma atenção diferenciada aos alunos diagnosticados com dislexia, défice de atenção ou hiperactividade.