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Presidente da maior associação da GNR suspenso por 25 dias

09 mai, 2014 • Celso Paiva Sol

César Nogueira começou a cumprir um castigo disciplinar. Diz que está a ser vítima de perseguição.

O presidente da Associação dos Profissionais da Guarda (APG), a maior associação da GNR, começou esta sexta-feira a cumprir um castigo disciplinar de 25 dias.

César Nogueira foi notificado do castigo em meados de Abril, poucos dias antes do anterior comandante geral da GNR deixar o cargo.

Em causa está uma sanção de 10 dias que estava suspensa por um ano que foi, entretanto, levantada por causa de outra sanção de 15 dias decidida pela hierarquia da GNR mais recentemente.

Os dois casos remontam a finais de 2012, quando o presidente da APG fez declarações dois jornais e uma televisão, num caso sobre o novo Conceito Estratégico de Defesa, no outro sobre o mau estado do parque automóvel da GNR.

César Nogueira não esconde a indignação.  "Eu não cometi nenhuma ilegalidade, falei para a imprensa na qualidade de presidente da maior associação da GNR. Isto parece que é um ataque ao próprio associativismo e à própria lei do associativismo", explica.

Contactado pela Renascença, o Comando Geral da GNR justifica as sanções disciplinares, dizendo que César Nogueira ultrapassou os limites impostos pela lei que regula o associativismo naquela força de segurança e que a um militar, mesmo que dirigente associativo, nem tudo é permitido dizer.

César Nogueira discorda. Diz que apenas está a ser uma vítima de perseguição por parte do ex-comandante geral Newton Parreira. "Desde sempre teve uma atitude persecutória de tentar penalizar todos aqueles que divergiam das suas opiniões. Quase que espalhou um espírito de medo dentro da instituição, coisa que já não se via há alguns anos", defende o presidente da APG. 

Durante os 25 dias de suspensão, César Nogueira receberá apenas um terço do ordenado e nenhum suplemento dos quatro suplementos a que tem direito.