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Sorteio da factura da sorte sem euforia

18 abr, 2014 • João Miguel Salvador

Reportagem da Renascença esteve em café de Lisboa na altura do primeiro sorteio. Opiniões diferentes sim, entusiasmo não.

O primeiro sorteio da “factura da sorte” não fez o furor de outras estreias. Às 22h, no Café Pato Real, em Lisboa, o encontro estava marcado para o primeiro sorteio da factura da sorte mas com os cupões na mão? Ninguém.

Apenas o fim do encontro entre Vitória de Guimarães e Arouca interessava aos clientes do popular café da Avenida de Berna, na capital.

Assim que o jogo acaba, o café fica quase vazio. Apenas algumas famílias jantam, alheias ao sorteio dos dois carros novos.

Entre garfadas, Vanessa defende a medida governamental, que acha ser boa ideia. A jovem não quis acompanhar o sorteio, mas quer saber o resultado. Embora não tenha registado as facturas, gostava de receber o automóvel.

Já Maria Helena é contra o sorteio e acha que “é tudo uma feira de vaidades”. A reformada vive numa pequena aldeia da grande Lisboa e acha que o Governo apenas está a “fomentar a vaidade”. Na aldeia em que reside, Maria Helena identifica muitos carros de luxo, alguns deles pertencem a pessoas com poucas posses. Para a reformada, o Executivo podia oferecer carros mais modestos.

Marta tem pouco mais de 20 anos e, se a sorte lhe batesse à porta, dava o carro aos pais. Não concorda com a iniciativa e acha que podiam ser tomadas outras medidas mais pedagógicas, como títulos do tesouro.

Os vencedores desta semana não estavam a jantar no Pato Real, em Lisboa. Os automóveis vão para Ferreira do Alentejo e para a Amadora.

Consulte o portal das Finanças para confirmar os resultados. Na próxima quinta-feira há mais.