17 abr, 2014 • Ana Carrilho
As mulheres não se limitaram a ter um papel de espectadoras durante a revolução do 25 de Abril, afirma a jornalista Ana Sofia Fonseca, autora do livro “Capitãs de Abril”.
“Uma história faz-se de muitos ângulos e acaba por ser uma viagem a um lado menos conhecido do 25 de Abril. Fazia-me confusão nunca se falar das mulheres. Elas existiam. Era impossível que tivessem tido um papel apenas passivo, apenas de espectadoras, e realmente não foi isso que aconteceu”, diz a escritora à Renascença.
No livro “Capitãs de Abril”, Ana Sofia Fonseca fala das mulheres de alguns dos capitães de Abril, a juntar ainda a duas mulheres que entraram na história por acaso: a locutora Clarisse Guerra, que leu o comunicado do Movimento das Forças Armadas (MFA), e Celeste Caeiro, que ofereceu cravos aos soldados na revolução de 1974.
Em entrevista à Renascença, a jornalista e escritora revelou algumas das histórias vividas por estas protagonistas que ficaram quase 40 anos na sombra, mas que viram a sua vida definitivamente marcada pela Revolução.