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Dirigentes sindicais ocupam Ministério da Educação

04 abr, 2014

Os sindicalistas querem uma reunião com a tutela para discutir temas como a contratação de mais pessoal não docente e o fim da precariedade.

Dirigentes sindicais ocupam Ministério da Educação

Um grupo de dirigentes sindicais está a ocupar a recepção das instalações do Ministério da Educação e Ciência (MEC), exigindo ser recebidos pela tutela para discutir as carreiras e condições laborais dos funcionários não docentes das escolas.

As dezenas de pessoas que estão dentro e fora do Ministério da Educação, na Avenida 5 de Outubro, vão continuar nas instalações até conseguirem falar com um representante do Governo, explica o Artur Sequeira, coordenador da área da educação da Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais.

“Estamos aqui para ser recebidos, para levarmos uma resposta. Uma das funções dos sindicatos é promover a luta dos trabalhadores dentro da legalidade e nós estamos a fazê-lo dentro da legalidade. Eu não estou a fazer nenhuma manifestação à porta do Ministério. Para entregar uma resolução, não diz em lado nenhum que só pode vir um dirigente ou dez dirigentes”, argumenta Artur Sequeira.

Os manifestantes querem entregar uma resolução em que exigem a abertura de concursos para a contratação de mais pessoal docente, o fim da precariedade e da portaria que definiu rácios para a afectação de auxiliares de educação às escolas.

Os sindicalistas argumentam que há um ano que esperam por uma reunião com o Ministério da Educação para discutir estas questões, mas nunca conseguira ser recebidos.

“Deveria ter acontecido uma reunião para discutir estes temas em Abril de 2013, mas isso não se verificou. Nunca mais fomos recebidos. Queremos reunir com o secretário de Estado ou alguém com capacidade de decisão política, não com secretários ou directores-gerais", explicou Lurdes Ribeiro, da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais.

Algumas dezenas ocuparam esta sexta-feira à tarde a entrada do Ministério. A Polícia também está no local e quem sai, por algum motivo, já não tem autorização para voltar a entrar.

De acordo com Lurdes Ribeiro, foi entregue um pré-aviso de greve para esta sexta-feira, com o objectivo de facilitar a deslocação ao Ministério, mas a maioria dos presentes são dirigentes ou delegados sindicais.

[notícia actualizada às 18h56]