02 abr, 2014 • José Pedro Frazão
A BP pode acabar já em 2015 com o sistema de pré-pagamento dos seus postos em Portugal e vai testar uma tecnologia para prevenir os casos de condutores que abastecem e fogem sem pagar.
A empresa, que tem uma rede de 340 bombas de gasolina, vai começar a testar no segundo semestre deste ano um sistema que passa pelo controlo de matrículas dos automóveis para prevenir as fugas.
“Nós vamos ter um sistema que lê as matriculas sempre existirem fugas em postos. Essa matricula será cadastrada, estará associada a uma base central e, quando esse cliente voltar a um posto e as nossas câmaras o detectarem - todos os nossos postos têm câmaras de detecção - vão verificar a matricula e vão ver: fugiu ou não fugiu”, explica o presidente da BP, Pedro Oliveira, em declarações à Renascença.
Se as câmaras detectaram uma matrícula com “cadastro” a bomba não será libertada e o condutor não poderá abastecer.
“Isto que estou a descrever parece simples, mas tem por trás questões técnicas complicadas e que estão a ser estudadas e já em desenvolvimento”, refere Pedro Oliveira.
A tecnologia está a ser desenvolvida pelo Instituto Superior de Engenharia de Lisboa (ISEL) e será testada em dois a três postos de abastecimento na segunda metade do ano.
“Vamos ter projectos piloto ao longo do segundo trimestre deste ano. E depois, de acordo com os resultados, ao longo de 2015 queremos disseminar a tecnologia”, adianta o presidente da BP.
O pré-pagamento tem os dias contados em caso de sucesso do novo sistema? “Sem dúvida, o objectivo é esse, porque ninguém gosta de ter uma rede em pré-pagamento porque cria uma relação de desconfiança com o consumidor final e isso é a perversão da relação que se deve ter com um cliente”, concluiu Pedro Oliveira.
Fique por dentro > 
