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Portugal quer comprar dois aviões de combate a incêndios florestais

26 fev, 2014

Ministro da Administração Interna justificou a decisão com as dificuldades em encontrar no mercado preços razoáveis para alugar. Portugal "não pode, por sistema, recorrer à generosidade de outros países".

Portugal quer comprar dois aviões de combate a incêndios florestais

O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, anunciou esta quarta-feira que o Governo pretende adquirir dois aviões canadair de combate a incêndios florestais através do recurso a fundos comunitários.

No grupo de trabalho para Análise da Problemática dos Incêndios Florestais, constituído no âmbito da Assembleia da República, Miguel Macedo adiantou que está a decorrer um processo para aquisição de dois aviões, no valor de cerca de 37 milhões de dólares cada um, com recurso a fundos comunitários.

O ministro afirmou que, no final do mês de Março, o Governo terá "uma resposta mais conclusiva sobre este processo", mas manifestou esperança que a aquisição de meios aéreos pela via dos fundos comunitários "corra bem".

Segundo Miguel Macedo, o país precisa de ter no dispositivo mais meios aéreos próprios, uma vez que o actual não tem capacidade para resolver o problema de combate a incêndios florestais.

O ministro sublinhou que, no passado, foi feita a opção em não se comprar este tipo de aviões, mas, agora, "há um consenso" que Portugal "precisa de ter, pelo menos, um aparelho Canadair".

Actualmente, os meios aéreos próprios do Estado são compostos por seis helicópteros pesados Kamov e três helicópteros de transporte e utilitário, sendo a primeira vez que vai adquirir para sua frota aviões Canadair.

O ministro disse também que poderá "demorar mais de um ano" para que Portugal tenha disponíveis os dois aviões Canadair.

Justificando a aquisição destes aviões, o ministro afirmou que é difícil encontrar no mercado estes meios a preços razoáveis para alugar. "Estes meios não abundam, não tem sido nada fácil", referiu, acrescentando que Portugal "não pode, por sistema, em cada Verão, recorrer à generosidade de outros países".