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Greve pára Metro de Lisboa. Estações abrem às 10h30

15 jan, 2014

Carris vai reforçar durante esse período algumas das suas carreiras de autocarros coincidentes com os eixos servidos pelo Metro. 

Greve pára Metro de Lisboa. Estações abrem às 10h30
Em dias de greve, os comerciantes das estações do Metro de Lisboa vêem a facturação descer a pique. "Enquanto o Metro não abrir as portas, nós também não entramos", conta a funcionária de uma tabacaria na estação do Campo Grande. Mesmo abrindo às 10 horas, a primeira hora de ponta já passou. No fim do dia, "as sobras são o dobro". Também os utilizadores têm que alterar a rotina, mas há quem compreenda os motivos da greve e a apoie.
Os trabalhadores do Metropolitano de Lisboa cumprem esta quinta-feira uma nova greve parcial, entre as 5h00 e as 10h00. O primeiro protesto deste ano ocorreu no dia 9 de Janeiro.

"Prevê-se a paralisação do serviço de transporte do metro entre as 6h30 (hora que abrem as estações) e as 10h00. Está previsto que a normalização do serviço ocorra a partir das 10h30", lê-se num comunicado publicado no site do Metro.

À semelhança do que aconteceu em greves anteriores, também na quinta-feira a Carris vai reforçar durante esse período algumas das suas carreiras de autocarros coincidentes com os eixos servidos pelo metro.

As carreiras que vão ser reforçadas com um número suplementar de autocarros são as 726 (Sapadores-Pontinha Centro), 736 (Cais do Sodré-Odivelas), 744 (Marquês de Pombal-Moscavide) e 746 (Marquês de Pombal-Estação Damaia).

Desde a semana passada que os trabalhadores têm em curso uma jornada de luta que passa por uma greve parcial por semana, por tempo indeterminado. A primeira ocorreu no dia 9 de Janeiro e está já agendada outra para dia 23.

Entre os motivos para estas paralisações está o decreto-lei 133/2012, que "pretende abrir as portas à concessão da empresa e, uma vez mais, reduzir trabalhadores, reduzir os seus direitos e reduzir a sua remuneração", afirmou a sindicalista Anabela Carvalheira em anteriores declarações à Lusa.

Os funcionários do Metropolitano de Lisboa contestam também o OE, que "visa uma vez mais os trabalhadores do sector empresarial do Estado, com cortes brutais, encaminhando estes trabalhadores para uma situação insustentável",
acrescentou. Em causa estão, por exemplo, cortes na indemnização compensatória.