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Professores contratados queixam-se à Comissão Europeia

12 jan, 2014

Associação enviou "dados que mostram que Portugal, mais do que tentar resolver o problema da precariedade docente, tem realmente vindo a agudizá-lo de ano para ano".

A Associação Nacional dos Professores Contratos (ANVPC) enviou para a Comissão Europeia (CE) dados que mostram "a real dimensão da precariedade" dos professores em Portugal, que nos últimos dois anos se tem "agudizado".
  
O presidente da ANVPC, César Israel Paulo, disse à agência Lusaque a associação enviou os dados mais recentes relativos à precariedade docente de longa duração, números sobre as aposentações dos últimos anos e reforma curricular.

"Foram enviados todos os dados que mostram que Portugal mais do que tentar resolver o problema da precariedade docente tem realmente vindo a agudizá-lo de ano para ano", afirma César Israel Paulo. 
 
As informações foram remetidas para o sector da Comissão Europeia (CE) que está a acompanhar as condições de trabalho dos professores que estão a contrato nas escolas públicas e que pediu ao Governo português para resolver esta questão. 
 
Segundo a Associação Nacional dos Professores Contratados, Portugal tem até ao dia 20 de Janeiro para enviar uma resposta à Comissão Europeia.  
 
"Queremos que a CE tenha dados reais da dimensão do problema e possa compará-los com a resposta enviada por Portugal", dizCésar Israel Paulo, adiantando que a associação está em contacto permanente com a Comissão e costuma enviar dados com o objectivo de "mostrar a forma como são tratados os professores no país, nomeadamente os docentes contratados".  
 
César Israel Paulo disse ainda que o problema dos professores contratados "agudizou-se nos últimos dois anos e mais recentemente com a reforma curricular, que "veio retirar dezenas de milhares de professores das escolas". 
 
Segundo a ANVPC, nos dois últimos anos, as escolas públicas passaram dos 30 mil para os 10 mil professores contratados.