Modelo português de combate ao insucesso escolar obtém resultados lá fora

As exportações portuguesas estão em alta, e nem só de produtos vivem essas exportações. A EPIS (Empresários pela Inclusão Social) testou o seu programa de redução do insucesso escolar em três escolas do Reino Unido, Hungria e Eslovénia no último ano lectivo e os resultados são positivos.

O director geral da associação, Diogo Simões Pereira, antecipou à Renascença alguns resultados desta experiência. “Apesar de terem sido pilotos de curta duração, os impactos qualitativos e os sinais de melhoria que se verificaram confirmam que o modelo é o adequado.”

O modelo consiste em duas fases de trabalho. “A primeira fase é de sinalização dos alunos em risco. É um modelo que identifica factores de risco para o sucesso escolar dos alunos e que depois os pondera e permite separar alunos em risco de insucesso escolar precoce e dos alunos que não precisam do nosso acompanhamento”, explica Diogo Simões Pereira.

A segunda fase, a que se chama “capacitação para o sucesso escolar”, é feita por mediadores, num conjunto de intervenções em cooperação com os professores em que o objectivo é dotar os alunos de uma nova atitude.

“Fazemos uma espécie de plano de vida com os jovens, para ver do o que é que eles gostam, o que gostariam de fazer no futuro. Na esmagadora maioria dos casos é relativamente fácil demonstrar que para esses caminhos serem percorridos, o passo necessário para se fazer é o passo da educação e da formação”, aponta o responsável.

Com esta metodologia, a EPIS tem verificado em Portugal uma melhoria do desempenho escolar dos alunos acompanhados pela associação nos últimos cinco anos na ordem dos 12% por ano.

Os resultados deste projecto-piloto são apresentados esta quinta-feira às 14h30 na Universidade Católica, em Lisboa.