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“Bombeiro” é a palavra do ano em 2013

03 jan, 2014

No ano passado, a vencedora foi "entroikado", que sucedeu a "austeridade", eleita em 2011.

“Bombeiro” é a palavra do ano em 2013
A palavra do ano de 2013 é "bombeiro", que obteve cerca de metade dos votos de 15.000 cibernautas (48%). O anúncio foi feito na Biblioteca José Saramago, em Loures, pela Porto Editora, que organizou a iniciativa.

A Associação Nacional de Bombeiros Profissionais (ANBP) recebe a escolha como um reconhecimento pelo trabalho dos bombeiros ao longo do ano e não apenas nos incêndios florestais de Verão. Para o vice-presidente da associação, Sérgio Carvalho, os portugueses valorizam os profissionais que estão na primeira linha.“O que é real é que os bombeiros estão sempre presentes. Desde dia 1 de Janeiro até 31 de Dezembro, em todas as actividades, em tudo o que é necessário", disse, à Renascença.

“E, naturalmente”, continua, “vão sempre no sentido contrário das outras pessoas. Quando nós vamos a fugir de um local, os bombeiros vão sempre no sentido contrario, na função de ajudar. Todos sabemos que em caso de aflição é aos bombeiros que acorremos, e esta actividade que é muito nobre acaba por ser transversal a toda a sociedade.”

Sérgio Carvalho refere ainda que “este Verão, as mortes que acontecerem, e que lamentamos profundamente, e todo o impacto mediático que se vê ‘in loco’, a realidade pela qual passamos todos os dias, também permite que as pessoas possam valorizar esta profissão e que possam deste modo dar a sua preferência por esta palavra”.

Já Paulo Gonçalves, do gabinete de Comunicação e Imagem da Porto Editora, considera que a palavra vencedora traduz uma escolha afectiva e representa uma homenagem aos bombeiros.

"Irrevogável" em segundo lugar
As dez palavras finalistas eram "bombeiro", "co-adopção", "corrida", "grandolada", "inconstitucional", "irrevogável", "Papa", "piropo", "pós-troika" e "swap". A escolha foi feita "com base em critérios de frequência de uso e de relevância assumida, quer através dos meios de comunicação social e das redes sociais, quer da utilização dos dicionários da Porto Editora nas suas versões online e mobile", disse à Lusa fonte do grupo editorial.

No segundo lugar da lista, com 17%, ficou a palavra "irrevogável", que foi como o ministro dos Negócios Estrangeiros Paulo Portas definiu a sua demissão do Governo, que não se concretizou, sendo actualmente vice-primeiro-ministro.

Com 10%, no terceiro lugar da votação, ficou a palavra "inconstitucional", cujo uso se incrementou devido aos "chumbos" do Tribunal Constitucional a várias medidas apresentadas pelo executivo em funções. Todas as restantes palavras ficaram abaixo da fasquia dos 10%.

A escolha da palavra do ano arrancou a 2 de Dezembro e decorrer até 31 de Dezembro no site da editora. No ano passado, a palavra vencedora foi "entroikado", que sucedeu a "austeridade", eleita em 2011.

Em 2010, no ambiente do Campeonato Mundial de Futebol, disputado na República da África do Sul, a palavra escolhida foi "vuvuzela", e, em 2009, quando
a iniciativa da Porto Editora se realizou pela primeira vez, a "palavra do ano" foi "esmiuçar".