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Pensionistas perderam 16% da reforma no espaço de um ano

14 dez, 2013

Para o Movimento Unitário de Reformados, Pensionistas e Idosos os dados do relatório do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social desmascara uma “política cruel” do Governo.

De 2011 para 2012 os pensionistas perderam em média 16% na sua reforma.

Segundo os dados divulgados ontem pelo Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social, a pensão média de 2011 foi de 404 euros mas no ano seguinte, com os cortes nos subsídios de férias e de natal, baixou 77 euros.

Três em cada quatro reformados portugueses recebia pensões inferiores ao valor do Indexante dos apoios Sociais – 419 euros – que serve de referência para todas as prestações sociais.

Segundo o estudo da segurança Social e sempre tendo em conta valores médios, estes reformados têm cerca de 73 anos descontaram pouco mais de 26 anos e recebem a pensão há cerca de nove anos.

Para Casimiro Menezes, dirigente do MURPI – Movimento Unitário de Reformados, Pensionistas e Idosos – o relatório da Segurança Social prova a demagogia das políticas sociais do Governo: Este relatório desmascara a política demagógica do Governo que diz que 80% dos reformados não são tocados pelas medidas da austeridade. Pelo contrário, vem mostrar que de várias formas lhes é retirada parte dos seus rendimentos, quer pela incidência do IRS, quer pelo aumento da renda da casa e dos transportes.”

“Há uns reformados que têm de pagar o IMI e automaticamente deixam de ter isenção de taxas moderadoras. Isto é uma política cruel que não tem respeito nenhum pelos reformados”, diz ainda Casimiro Mendes.

Para o dirigente do MURPI, o mais grave é que as alterações que o Governo quer fazer no factor de sustentabilidade ainda vai penalizar mais as reformas dos futuros pensionistas. “A aplicação do factor de sustentabilidade, que deveria estar referenciado ao ano 2012, mas eles querem aplicar como se estivesse no ano 2000”.

Em protesto contra estas e outras medidas, a organização vai realizar uma iniciativa no Largo Camões, em Lisboa, no dia 17 à tarde.