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Sindicato da polícia estranha demissão de director nacional

22 nov, 2013

“Estranhamos que a resposta do Governo seja a demissão do director nacional da PSP, uma vez que pretendíamos uma resposta clara às reivindicações da manifestação”, afirma Paulo Rodrigues.

São muitos os agentes da Polícia de Segurança Pública que a esta hora questionam a demissão do director nacional.

O superintendente Paulo Gomes colocou o seu lugar à disposição e o ministro Miguel Macedo aceitou, isto na sequência dos acontecimentos ocorridos quinta-feira à tarde frente à Assembleia da República.

Uma das vozes que contestam e estranham esta demissão é de Paulo Rodrigues, da Associação Sindical da Policia e um dos organizadores da manifestação, durante a qual os agentes em protesto invadiram a escadaria da Assembleia da República.

“Fomos apanhados desprevenidos, estranhamos, uma vez que a manifestação não tinha por objectivo por em causa a direcção das várias polícias. Pretendíamos do Governo uma alteração das medidas, para que pudesse haver uma resposta às necessidades socio profissionais mas também às necessidades das instituições para que possam funcionar em condições.”

“Estranhamos que a resposta do Governo seja a demissão do director nacional da PSP, uma vez que pretendíamos uma resposta clara às reivindicações da manifestação”, afirma ainda Paulo Rodrigues.

Miguel Macedo ainda não falou, mas já esta sexta-feira o porta-voz da GNR referiu que a manifestação de ontem teve claramente contornos de infracção à lei, só que admite ser cedo para saber se entre os infractores estão militares da GNR.

Paulo Rodrigues da ASPP admite que houve excessos por parte dos manifestantes mas que o dispositivo da PSP soube evitar um mal maior. “Se os polícias estavam de serviço e tivessem reagido, se tivessem exercido pressão sobre os manifestantes, hoje estaríamos a criticar a polícia por ter havido polícias contra polícias, houve desacatos, agressões e situações incompreensíveis”.

[Notícia actualizada às 15h22]