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Apesar da greve, Governo mantém prova para professores

18 nov, 2013

Ministro da Educação diz que "nenhum professor qualificado tem que ter algum receio desta prova".

O ministro da Educação mantém a prova de avaliação de conhecimentos e competências dos docentes para o dia 18 de Dezembro, apesar da greve convocada pela Federação Nacional da Educação (FNE) para essa data.

Nuno Crato, em declarações no Porto, preferiu não esclarecer como vai contornar a paralisação, mas voltou a afirmar que a prova se destina a melhorar o sistema de ensino.

À pergunta se admite suspender o exame a resposta foi imediata: “Não. A prova foi criada com o objectivo de melhorar o sistema de ensino, através da dignificação da carreira docente, da dignificação dos professores”.

O ministro da Educação diz ter em conta “as contestações que existem” à prova e lamenta que o diálogo não tenha obtido resultados, porque “infelizmente os sindicatos manifestaram-se totalmente irredutíveis desde o princípio”.

“Nenhum professor qualificado tem que ter algum receio desta prova, muito pelo contrário”, sublinha Nuno Crato.

"Não queremos ser competitivos à custa de salários baixos"
Os reitores das universidades portuguesas renovaram o alerta para eventuais falhas em projectos, obras e investigações por causa da cativação de 2,5% no orçamento, uma alteração introduzida em Maio.

O ministro da Educação e Ciência afirma que o orçamento apresenta medidas de incentivo à investigação, área que considera uma das prioridades para o país.
  
“Nós queremos ser competitivos, queremos sair desta crise melhores e sair melhores e mais competitivos no mercado internacional significa sairmos com uma indústria mais desenvolvida, com um tecido empresarial mais actualizada, mais moderno. Para isso, a ciência e tecnologia são fundamentais”, afirma o governante.

“Não queremos ser competitivos no mercado internacional à custa de uma produtividade derivada de salários baixos. Não é isso, queremos uma remuneração condigna e queremos que o crescimento da nossa economia seja feito à custa da ciência, da tecnologia e da inovação”, sublinha o ministro da Educação e Ciência.

Nuno Crato falava no Porto, na cerimónia de assinatura do protocolo de lançamento da 11.ª Edição do Prémio Fundação Ilídio Pinho "Ciência na Escola".