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Projectos em causa nas universidades devido a dinheiro retido

18 nov, 2013

Ministério da Educação demora em libertar o dinheiro. Salários ainda não estão em risco.

Ainda sem resposta do Governo, os reitores das universidades portuguesas renovam o alerta para eventuais falhas em projectos, obras e investigações por causa da cativação de 2,5% no orçamento.

O cenário agrava-se com o que dizem ser a demora do Ministério da Educação em garantir a prometida libertação de verbas. 

“As universidades foram surpreendidas com uma cativação adicional resultante da alteração orçamental que foi introduzida em Maio e que é significativa. No caso da Universidade do Minho é superior a um milhão de euros”, explica à Renascença o reitor António Cunha, que garante o pagamento salários e subsídios.

O reitor da Universidade de Évora, Carlos Braumann, dá a mesma garantia, mas alerta para a existência de projectos de investigação que podem ficar pelo caminho. 

Por exemplo, “projectos úteis ao desenvolvimento das empresas”.

Situação idêntica vive a Universidade de Trás-os-Montes, cujo reitor diz estar em causa a qualidade de ensino. O pagamento de salários e subsídios a docentes e não docentes está garantido.

António Fernandes refere que, por falta de verba, “os espaços” das instituições estão cada vez mais degradados.

As universidades aguardam soluções após a cativação de 2,5% do orçamento.