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Jovem que esfaqueou colegas pode ser internado num centro educativo

15 out, 2013

Magistrado do Tribunal de Família e Menores de Lisboa, Celso Manata, considera ser esse o desfecho mais provável do caso.

O jovem de 15 anos que na segunda-feira esfaqueou vários colegas e uma funcionária da escola Stuart Carvalhais, em Massamá, vai ser ouvido pelo Tribunal de Menores de Sintra e, dada a gravidade dos seus actos, deve ser condenado à pena mais grave: o internamento num centro educativo em regime fechado.

“Cada caso é um caso, mas para uma situação desta gravidade, de acordo com a lei, temos a possibilidade de internar este jovem em centros educativos, aquilo a que se chamava os reformatórios, que funciona em regime aberto e em regime fechado”, diz Celso Manata, magistrado do Ministério Público do Tribunal de Família e Menores de Lisboa.

“Temos que ver o perfil do jovem para decidir o estabelecimento mais adequado, mas uma coisa desta gravidade não irá cair no regime aberto. A avaliação psicológica do jovem irá dizer”, considera o magistrado, que tem um estudo publicado sobre violência em meio escolar.

O jovem esfaqueou três colegas e uma funcionária da escola Stuart Carvalhais, não resistiu quando foi abordado e detido pela polícia.

“Quando foi interceptado por polícias não esboçou reacção, não foi violento, deixou-se levar”, explicou à Renascença o subintendente Hugo Palma, acrescentando que o menor “mantinha um discurso de querer matar os colegas, sem que se percebesse alguma motivação concreta para tudo isto”.

O adolescente de 15 anos atacou vários colegas, na tarde de segunda-feira, depois de ter lançado um engenho pirotécnico para o interior de uma sala, esfaqueando as pessoas que fugiam. Na sua mochila foram ainda encontradas duas embalagens de álcool etílico e um spray de gás pimenta.