Emissão Renascença | Ouvir Online

Metro de Lisboa mantém serviços mínimos apesar de suspensão de greve

14 out, 2013

O pré-aviso não foi retirado e o sindicato dos transportes avisou que “quem quiser fazer greve pode fazer”.

O Metropolitano de Lisboa anunciou esta segunda-feira que, como os sindicatos não retiraram o pré-aviso de greve para terça-feira e acabaram por comunicar à empresa "a mera suspensão da mesma", vai manter os serviços mínimos.

A transportadora afirmou, em comunicado, que a suspensão, nos termos em que foi comunicada, "implicará o cumprimento por parte do Metropolitano" da decisão do Tribunal Arbitral que definiu os serviços mínimos.

Assim, a empresa assume que entre as 7h30 e as 22h00 estará assegurada a circulação de pelo menos 25% das composições em todas as linhas e estações.

"Caso um número significativo de trabalhadores não venha a aderir à greve, o Metropolitano espera operar muito próximo da normalidade", referiu.

Durante o período em causa, caso se justifique, a rodoviária Carris reforçará algumas das carreiras de autocarros coincidentes com os eixos servidos pelas linhas do Metro.

A Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans) suspendeu hoje a paralisação convocada para terça-feira e substituiu-a por "um dia de luto".

"Os trabalhadores decidiram suspender a luta de amanhã [terça-feira], transformando-a num dia de luto e remeter para a reunião do sector dos transportes, no dia 16, a nossa proposta de intensificar a luta pela via da greve", disse a representante sindical Anabela Carvalheira à Lusa.

No entanto, disse, o pré-aviso de greve não foi retirado, pelo que "quem quiser fazer greve pode fazer". Já quem for trabalhar deve "usar um símbolo negro durante o dia de trabalho".

Esta decisão surge na sequência de o Tribunal Arbitral do Conselho Económico e Social (CES) ter decretado serviços mínimos para a greve de terça-feira e que, segundo o sindicato, obrigam muitos trabalhadores a irem trabalhar.

Os trabalhadores do Metro contestam os "cortes brutais dos salários, os aumentos brutais dos impostos, a degradação das condições de trabalho e das estações e a concessão da empresa a privados".