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CGTP diz que cortes nas pensões são um “assalto bárbaro”

07 out, 2013

Governo é acusado de ter eleito os trabalhadores e pensionistas como inimigos: “Assim é fácil tirar dinheiro e quando não se tira a bem, tira-se a mal”.

CGTP diz que cortes nas pensões são um “assalto bárbaro”
Arménio Carlos, líder da CGTP, considera que os cortes nas pensões são um “assalto bárbaro” ao bolso dos trabalhadores e pensionistas.

“É isto que o Governo está a fazer: um assalto aos rendimentos que foram ganhos com suor e muitos anos de trabalho de muita gente em Portugal. Não se pode tratar os idosos de uma forma tão bárbara como este Governo os está a tratar”, diz o líder sindical.

Para Arménio Carlos, este é mais um sinal de má vontade. “Estamos aqui com um problema objectivamente de grande insensibilidade social e de uma lógica em que o Governo elege os trabalhadores e os pensionistas como inimigo."

“Assim é fácil tirar dinheiro e quando não se tira a bem, tira-se a mal”, lamenta.

O corte nas pensões de sobrevivência e viuvez avança no próximo ano e deve ser aplicado a quem acumula mais de 600 euros por mês, entre esta pensão e a reforma.

O vice-primeiro-ministro de Portugal já rejeitou comparações entre os cortes nas pensões de sobrevivência e a chamada TSU dos pensionistas, adiantando que se distinguem pelo âmbito de aplicação e pela dimensão da poupança. Paulo Portas sublinhou ainda que enquanto a Taxa Social Única era um "corte transversal", nas pensões de sobrevivência o que está em causa é um corte quando há acumulação de pensões.