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Estudantes internacionais cruzam diferentes culturas em Évora

26 set, 2013 • Rosário Silva

Maior número chega da Europa, através do programa Erasmus, mas em Évora a mobilidade já se estende a países como Bangladesh, Nepal, Índia, Paquistão e Filipinas. Este ano são 205 alunos proveniente dos quatro cantos do mundo.

A chamada é feita país a país. À medida que o reitor da Universidade de Évora, em inglês, pronuncia a origem, os estudantes manifestam-se com aplausos, gargalhadas e uma disposição que revela a ansiedade própria de quem está numa terra “estranha”.

São cada vez mais e vêm de longe os alunos estrangeiros que optam por completar a sua formação através de programas de mobilidade internacionais nas universidades portuguesas.

É o caso de Adilson de Carvalho, 23 anos. Chega do Brasil para estudar Teatro. Sabe que em Portugal se vive um momento difícil, mas mantém-se optimista e confiante, dizendo até que considera “que o povo português, neste momento, está unido, com força e esperança. Isso reflecte-se nos próprios professores, ou seja, a força de vontade. E quem faz arte, então, já tem essa vontade intrínseca de luta e de esperança”.

Da República Checa, Jitka Glosová vem para estudar Línguas, Literaturas e Culturas. Já venceu a barreira linguística. Fala o português com alguma fluência e deposita muitas expectativas na sua permanência temporária em Portugal. “Quero melhorar o meu português, conhecer pessoas e o país, ter experiências novas”, sublinha com convicção.

Para o reitor da Universidade de Évora, que faz questão de receber pessoalmente estes alunos, a satisfação não podia ser maior. O programa Erasmus, de mobilidade dentro do espaço europeu, é o responsável pela chegada do maior número de estudantes, mas a cooperação internacional a países terceiros foi, entretanto, alargada, o que permite que se encontrem numa cidade de média dimensão como Évora, jovens de inúmeras proveniências.

Para Carlos Brauman, o contacto com outras culturas é de enorme relevância para os jovens e destaca, em declarações à Renascença, a aprendizagem saudável de uma cultura que promove a tolerância e “também contribui para a paz no mundo”.

Este ano, 205 alunos dos quatro cantos do mundo escolheram a Universidade de Évora para estudar, ao abrigo dos diversos programas de mobilidade internacionais. Entre as várias nacionalidades, contam-se 120 alunos de países europeus, 53 oriundos do Brasil e 32 de outras nacionalidades.