29 jul, 2013
Estavam prontas, mas o Ministério da Educação enviou uma ordem para reduzir o número de turmas. Os directores escolares estão apreensivos e pedem uma solução ainda esta segunda-feira.
“As escolas agora não sabem o que fazer, porque se, por um lado, têm alunos para as turmas que já formaram, por outro, essas turmas não foram autorizadas”, lamenta à Renascença o vice-presidente da Associação Nacional de Dirigentes de Agrupamentos e Escolas Públicas.
Filinto Lima acrescenta ainda que “isto é um problema das escolas e também, na minha opinião, da tutela, que terá de resolver durante o dia de hoje, porque amanhã começa o prazo para as escolas indicarem, numa plataforma do Ministério da Educação, os professores com horário zero”.
Para o presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares, esta “situação é desesperante para quem está nas escolas”, porque “vamos ter de fazer tudo de novo”, um “trabalho que levou duas semanas a fazer”.
Manuel Pereira explica que as escolas têm de “indicar até ao fim do dia de hoje [segunda-feira] o nome dos professores que vão ficar com horário zero e esse nome de professores tem que ver com o número de turmas que vamos ter”.
Manuel Pereira acusa, por isso, o Ministério de Nuno Crato de não respeitar o trabalho que é feito nas escolas e desabafa: “Estamos a preparar o próximo ano lectivo angustiados, zangados, revoltados com esta situação toda e acho que é a pior maneira de começar”.
A imprensa desta segunda-feira noticia que o despacho da rede escolar do Ministério da Educação para o próximo ano, que chegou às escolas na sexta-feira ao final da tarde, define cortes nas turmas no ensino regular e nas turmas de cursos profissionais e Cursos de Educação e Formação (CEF).
Com o despacho, os directores de turma das escolas viram não ser aprovadas turmas que já tinham sido constituídas e com alunos matriculados.
[Notícia actualizada às 17h50]