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Paulo Portas fica e Pires de Lima entra no Governo

06 jul, 2013 • Eunice Lourenço e Paula Caeiro Varela

O Presidente do Conselho Nacional do CDS foi fundamental para encontrar uma solução governativa, que prevê a permanência de Paulo Portas e de Maria Luís Albuquerque.

Paulo Portas fica e Pires de Lima entra no Governo
António Pires de Lima foi uma peça chave nas negociações entre Paulo Portas e Passos Coelho e na solução encontrada para garantir a governabilidade do país e vai mesmo integrar o Governo.

A influência e presença do presidente do Conselho Nacional do CDS é “determinante” e será o nome indicado pelo CDS para a área económica num Governo em que Paulo Portas vai ficar com o lugar de vice-primeiro-ministro e em que se irá manter Maria Luís Albuquerque.

Igualmente decisiva foi a questão das políticas. O acordo a que Portas e Passos Coelho chegaram implica uma alteração de rumo e medidas que dêem corpo ao novo ciclo que o líder do CDS e também Vitor Gaspar falavam nas suas cartas de demissão. Entre essas medidas, dizem fontes do CDS, não pode deixar de estar uma redução fiscal, ainda que simbólica.

Contudo, o dia de sábado ainda não é de concretizações, nem de nomes, nem de medidas. Ao longo do dia os dois líderes devem apresentar como que uma refundação, um recomeço da coligação governamental.

Os dois lados estão convencidos que o acordo encontrado preenche as exigências do Presidente da República, que pediu uma solução ampla e reforçada que garanta a governabilidade do país a médio prazo, ou seja pelo menos até ao fim da legislatura.

Mas ainda é preciso dar tempo e espaço ao Presidente da República que é quem terá a última palavra na saída desta crise e que só na segunda e terça recebe os partidos com assento parlamentar.

A actual crise foi espoletada pelas demissões, na segunda e terça-feira, de Vítor Gaspar e de Paulo Portas, respectivamente, chegando-se a temer mesmo a queda do Governo. Essa possibilidade parece agora, cada vez mais, afastada.