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Gás fica mais caro a partir de Julho

14 jun, 2013

Aumento aplica-se a quem está no mercado regulado. Preço da electricidade mantém-se.

O preço do gás natural para as famílias e empresas que se encontram no mercado regulado vai aumentar 3,9% a partir de 1 de Julho, enquanto a tarifa de electricidade fica inalterada no próximo trimestre.

De acordo com a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), este aumento tarifário representa um acréscimo de cerca de 39 ou 80 cêntimos numa factura média mensal de cerca de 13 ou 25 euros, respectivamente, correspondentes a agregados familiares de duas ou quatro pessoas.

A tarifa social do gás natural vai ter um aumento anual - entre Julho de 2013 e Junho de 2014 - de 0,9%, o que representa um acréscimo de 12 cêntimos numa factura média mensal de 13 euros.

Preço da electricidade mantém-se até Setembro
Já as tarifas transitórias de electricidade vão manter-se inalteradas no próximo trimestre, anunciou o regulador do mercado, explicando que as "condições do mercado de energia eléctrica" não justificam qualquer alteração, o que acontece pelo segundo trimestre consecutivo.

A variação proposta da tarifa do gás natural resulta dos custos de aprovisionamento de energia, dos custos de acesso às infra-estruturas reguladas e da quebra não antecipada no consumo de gás natural em 2011, explica em comunicado o regulador do mercado, que confirma o aumento proposto em Abril ao conselho tarifário da ERSE.

Esta variação é aplicada aos consumidores que permanecem no comercializador de último recurso, isto é, que ainda não transitaram para o mercado liberalizado, sendo que a proposta condiciona as ofertas de preço dos comercializadores de mercado e, portanto, todos os clientes finais, mesmo que tenham contrato com um comercializador livre.

À semelhança do que acontece com a electricidade, a tarifa transitória do gás natural, à excepção da tarifa social, é revista trimestralmente, registando agora uma actualização, depois de no período anterior ter ficado inalterada.

Segundo a ERSE, no final de 2012 cerca de 11% dos clientes domésticos e pequenas empresas já tinham mudado de comercializador, enquanto no segmento industrial, com consumos acima de 10.000 metros cúbicos, cerca de 65% dos clientes já tinham optado pelo mercado liberalizado.