04 jun, 2013
As datas escolhidas pelos sindicatos para as greves dos professores transformam os alunos "em reféns", acusa o ministro Educação e Ciência, em entrevista à TVI 24.
"Estamos dispostos a toda a negociação. Mas este tipo de atitude, que é tomar como refém os nossos alunos, é algo com que não se deve brincar", afirmou Nuno Crato, para quem "há muitos professores divididos" em relação às paralisações.
"A greve começou ainda não tínhamos começado o processo de negociação", criticou o ministro, lamentando que a acção tenha sido marcada para o período de exames.
Nuno Crato admite recorrer a todos os mecanismos legais para atenuar os efeitos da greve dos professores. O governante mostrou-se confiante quanto à decisão do colégio arbitral, que foi chamado a decidir sobre a necessidade de requerer serviços minimos, depois de ministério e sindicatos não terem chegado a acordo.
O alargamento do horário de trabalho de 35 para 40 horas semanais é uma das principais razões para as greves às avaliações, agendadas entre 7 e 14 de Junho, e uma greve geral que coincide com o primeiro dia de exames nacionais do ensino secundário.
Nesta entrevista à TVI 24, o ministro anunciou que os professores começam já em Setembro a trabalhar 40 horas por semana, mas que que esta mudança não irá aumentar o tempo de trabalho em sala de aula. "Os professores, na realidade, já trabalham 40 horas por semana", defendeu.
De acordo com o despacho normativo do próximo ano lectivo, divulgado esta terça-feira pelo Ministério da Educação e Ciência (MEC), os professores terão a mesma componente lectiva no próximo ano lectivo, com 25 horas semanais para os docentes do pré-escolar e do 1.º ciclo do ensino básico e 22 horas para os restantes ciclos, incluindo a educação especial.
[notícia actualizada às 01h11]