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Polícias marcam semana de contestação

29 mai, 2013 • Celso Paiva Sol

Na PSP, onde não há direito à greve, o protesto vai tentar provar, “no terreno, aquilo que é uma polícia do futuro se estas medidas forem avante”, segundo o dirigente sindical Paulo Rodrigues.

Setembro vai marcar o regresso dos protestos na área da segurança. Quinze associações e sindicatos decidiram esta quarta-feira, na Voz do Operário, em Lisboa, organizar uma semana de contestação às medidas de austeridade.

Estiveram representadas estruturas da PSP, GNR, Guardas Prisionais, ASAE, Polícia Marítima e Serviço de Estrangeiros e Fronteiras. O porta-voz, Paulo Rodrigues, garante à Renascença estarem mais unidas do que nunca.

“Uma grande coesão, uma grande união dos profissionais, de todos os profissionais das várias instituições policiais, o que é extremamente importante, porque todas elas estão a sofrer com estas políticas de austeridade”, descreve.

“Foi decidido organizar, durante um período que pode ser uma semana, varias acções de protesto organizadas pelas várias organizações que representam o coordenador.”

Paulo Rodrigues, que também é presidente do maior sindicato da PSP, dá o exemplo da sua força de segurança, onde, não havendo direito à greve, o protesto vai tentar provar que as medidas do Governo vão parar a polícia. “Não é, nada mais, nada menos, que alertar o Governo para o problema que esta a criar, tendo em conta que não conseguiram perceber por palavras aquilo que esta em causa.”

“Nós vamos demonstrar, no terreno, aquilo que é uma polícia do futuro se estas medidas forem avante. É uma polícia sem proactividade, sem dinâmica, uma polícia que vai funcionar como se os profissionais tivessem cinquenta anos e, em suma, poderá ser uma polícia que funciona em ritmo parado”, sublinha ainda Paulo Rodrigues.

Os cerca de 500 participantes no encontro nacional desfilaram depois pelas ruas de Lisboa até à residência oficial do primeiro-ministro em São Bento.

Dentro do edifício, uma delegação de dirigentes entregou a moção aprovada esta quarta-feira, enquanto no exterior, para além de algumas palavras de ordem, foi também cantado o hino nacional.