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Sindicatos e Governo terminaram negociação sem acordo

28 mai, 2013 • Ana Carrilho

FESAP deixou claro que não é possível aceitar os despedimentos na função pública através do processo de requalificação que o Governo quer implementar.

Não há hipótese de entendimento com o Governo. Essa é a posição dos sindicatos da administração pública que passaram esta terça-feira reunidos no Ministério das Finanças. A Frente Sindical da Administração Pública (FESAP) foi a última organização sindical a ser recebida pelo secretário de Estado da administração pública, Hélder Rosalino.

Nobre dos Santos, da FESAP, deixou claro que não é possível aceitar os despedimentos na função pública através do processo de requalificação que o Governo quer implementar.

“Despedimentos, 40 horas, a ADSE, são situações que não nos permitem chegar a qualquer posição de aproximação”, sublinha o sindicalista.

Nobre dos Santos reafirmou a mensagem que outros sindicalistas já tinham deixado: todas as formas de luta estão em cima da mesa. “A conflitualidade social parece que não vai diminuir. Isso é uma realidade concreta com a qual nos temos de confrontar. Vamos pôr esses problemas reais ao Governo e vamos ver qual é a posição do Governo”, diz Nobre dos Santos.

Os sindicatos vão continuar a conversa. Daqui a uma semana, o Governo quer terminar as negociações. Hoje, Hélder Rosalino revelou também que a requalificação deverá durar um ano, em que os trabalhadores abrangidos recebem dois terços do ordenado nos primeiros seis meses e metade nos outros seis.

Os outros sindicatos também foram informados que, a partir de 1 de Julho, os trabalhadores e aposentados da função pública vão pagar mais pelo seu sistema de saúde, a ADSE.