Pais preocupados com greve dos professores

Os pais estão apreensivos com a anunciada greve de professores, marcada para o dia em que arrancam os exames nacionais do secundário. O presidente da Confederação Nacional de Associações de Pais (CONFAP), Jorge Ascensão, sustenta que os professores poderiam ter optado por outras formas de protesto que não colocassem em causa o esforço de alunos e das escolas.

“Esta forma de defender os interesses da classe docemente e da educação pública vai trazer algum prejuízo, alguma dificuldade acrescida àquilo que foi o esforço, durante todo o ano lectivo, dos jovens e mesmo dos próprios professores”, defende Jorge Ascensão, em declarações à Renascença, lamentando que a paralisação seja mais uma maneira "de defraudar as expectativas dos alunos”.

“Gostaríamos que fossem encontradas outras formas defender a educação pública, que é também o nosso objectivo, mas de modo que não prejudicasse o trabalho efectuado pelos jovens e pelas escolas durante este ano lectivo”, acrescenta.

Os docentes avançam para uma paralisação no dia 17 de Junho. Está também convocada uma greve às avaliações, de 11 a 14 de Junho, que vai afectar as reuniões de notas dos alunos dos 9.º, 11.º e 12.º anos de escolaridade.

O Ministério da Educação remete para esta sexta-feira uma eventual reacção à anunciada greve de professores e à qual a Federação Nacional de Educação (FNE) ainda não decidiu se adere. Para já, vão participar nove organizações sindicais.

A FNE vai reunir o secretariado nacional na terça-feira, dia 21, para tomar uma decisão. Por enquanto, só anunciou que vai participar na manifestação nacional de professores convocada para dia 15 de Junho.