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Avião militar a postos para combate a incêndios

15 mai, 2013 • Ana Rodrigues

De dia ou de noite, o C-295 M está de alerta, pronto a descolar em 30 minutos, do Montijo, Porto Santo e Açores. Atinge 500 quilómetros hora e consegue estar no ar 10 horas.

Este ano, e pela primeira vez, o avião de transporte táctico da Força Aérea, o C-295 M, vai dar apoio aéreo aos bombeiros no combate aos incêndios. O acordo entre o Ministério da Defesa e a Autoridade Nacional de Protecção Civil está assinado e o avião militar pode ser chamado a qualquer momento a entrar em acção.

O C-295 M é uma aeronave com tecnologia altamente avançada e preparada para actuar em missões de busca e salvamento, combate à poluição, tráfico de droga, controlo de fronteiras e agora combate aos incêndios.

O comandante da Esquadra 502 revela que o objectivo é usar a vantagem da visão aérea, sensores e outro equipamento para recolher informação sobre os fogos e informar o elemento da protecção civil que vai a bordo. É ele quem decide o que fazer.

“Ele consegue perceber exactamente qual é o fogo mais importante, estamos a falar de fogos de grande dimensões, o que deve ser atacado imediatamente e redistribuir os meios para que se consiga a tempo útil salvar vidas, casas, habitações”, explica à Renascença o tenente-coronel Pedro Bernardino.

O avião militar está de alerta, pronto a descolar em 30 minutos, totalmente equipado, do Montijo, Porto Santo e Açores.

Sentado junto ao equipamento, o controlador vai registando os locais do fogo, mas também pontos de água para abastecer as viaturas dos bombeiros. Como a velocidade é uma das vantagens, rapidamente se acompanham vários incêndios em todo o país. Para Pedro Bernardino essa “é uma das grandes mais-valias deste meio”.

“Como consegue uma velocidade de 500 quilómetros hora e estar 10 horas no ar, consegue estar num fogo e em 30 minutos passar de um fogo no sul do país para outro no norte”, sublinha o comandante da Esquadra 502 que opera o C-295.

Um avião que vai a partir de agora apoiar os bombeiros no combate aos incêndios de dia, mas também de noite, graças ao sistema de visão nocturna que tem equipado.

A aeronave está a postos para a fase Bravo que começa esta quarta-feira. É a segunda mais importante relativa ao dispositivo de meios de prevenção e combate aos fogos florestais. Esta fase, que dura até 30 de Junho, envolve cinco mil operacionais no terreno, apoiados por 1.200 viaturas e 30 meios aéreos.