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Silva Lopes defende corte nas pensões. "Não há outro remédio"

14 mai, 2013

Economista considera que a chamada “geração grisalha" não pode asfixiar as novas gerações.

O antigo ministro das Finanças, Silva Lopes, sai em defesa das taxas que o Governo pretende aplicar sobre as pensões.

O economista, que falava esta terça-feira à margem de um debate sobre o Orçamento do Estado e a Constituição, em Lisboa, diz que a geração mais nova está a ser asfixiada pelos mais velhos.

“A geração grisalha não pode estar a asfixiar a geração nova da maneira como tem feito até aqui. Não pode ser. Eu sou pensionista, sou da geração grisalha, quem me dera a mim que não toquem nas reformas, mas tocam, vão tocar e eu acho muito bem. Não há outro remédio”, defende Silva Lopes.

O antigo ministro considera a Constituição e a interpretação que o Tribunal Constitucional faz da lei podem contribuir para o agravamento da crise em Portugal.

“Sou a favor da contribuição de solidariedade social, sou a favor desta taxa que o Governo agora promete e que, se calhar, também vai ser declarada inconstitucional. E digo uma coisa: se nós temos a Constituição e a interpretação do Tribunal Constitucional a impedir estas coisas, isto rebenta tudo”, adverte Silva Lopes.