Acordo entre produtores e distribuidores agrada a todos, mas sobretudo aos consumidores que nos próximos meses devem pagar menos.
Numa boa notícia para os consumidores, os preços dos produtos nacionais devem baixar. Produtores e hipermercados chegaram a um acordo de boas práticas comerciais para simplificar a relação entre as cadeias de produção e de distribuição: objectivo é promover a produção nacional e regular as relações entre os sectores.
Luís Reis, presidente da Associação das Empresas de Distribuição, garante que, uma vez em prática, o acordo vai permitir comprar mais barato.
“Os preços, sobretudo dos artigos portugueses, face ao que é visto hoje terão condições de chegar ao consumidor de forma mais económica - isso estamos em condições de garantir. É sempre isso que ocorre quando a cadeia de valores se torna mais eficiente.”
O dirigente esclarece que este acordo será benéfico para todos os envolvidos: “Torna-se interessante para os três intervenientes, para os agricultores, que vêem a sua relação com a distribuição com regras mais claras; torna-se interessante para os distribuidores porque vêem na produção nacional melhores parceiros para se abastecerem; e torna-se interessante para o consumidor final, que vai poder aceder aos produtos portugueses com preços melhores do que tem hoje.”
Este acordo foi também subscrito pela Confederação dos Agricultores Portugueses e entra em vigor em finais de Julho, explica João Machado, da CAP. “Este acordo demorou quase dois anos a chegar até aqui e terá agora um período de implementação de três meses.”
Pela frente há ainda alguma burocracia a tratar. “Teremos de constituir a comissão de acompanhamento, teremos de escolher o provedor que vai analisar quaisquer diferenças que haja entre sócios da CAP e sócios da APED e depois teremos de escolher o tribunal arbitral que vai funcionar de acordo com regras internacionais, que será sediado numa entidade pública, ou privada, mas reconhecida em Portugal”, explica.