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Máquinas de calcular vão ficar de fora das salas de aula

24 abr, 2013

Novo programa de Matemática aposta na memorização como um dos motores de aprendizagem. Ontem, em conferência de imprensa, o ministro Nuno Crato afirmou que “o ensino deve ser exigente e ter objectivos claros”.

As máquinas calculadoras vão desaparecer das salas de aula. O ministro da Educação, Nuno Crato, quer pôr os alunos a fazer contas de cabeça e limitar o uso das calculadoras nos primeiros anos de estudo.

Nuno Crato já tinha limitado o uso de calculadora no ano passado, no exame do sexto ano. Agora, quer que as máquinas sejam utilizadas apenas nos anos mais avançados, sendo mesmo aconselhada no 9º ano, para a aprendizagem da trigonometria.

A ideia faz parte da proposta de revisão do programa de Matemática, apresentada na terça-feira e que se encontra em discussão pública.

O programa aposta na memorização como um dos motores da aprendizagem. Por exemplo, uma das metas de aprendizagem no segundo ano é saber de memória as tabuadas do dois, do três, do quatro, do cinco, do seis e do dez.

No terceiro ano, é a vez das tabuadas do sete, oito e nove.

Um dos autores do programa argumenta que as crianças gostam de memorizar, sendo por isso que sabem de cor os nomes dos jogadores da sua equipa de futebol e das personagens de desenhos animados.