12 abr, 2013 • Ana Carrilho
A Associação de Hotelaria de Portugal (AHP) desafia os parceiros do sector e o Governo para a adopção de um "Compromisso Turismo 2020". Na tomada de posse dos novos órgãos sociais, o presidente eleito Luís Veiga defendeu também a criação da marca "Portugal Competitivo".
Portugal tem condições e pode tornar-se um país mais atraente para os turistas, marcando pela diferença com propostas de valor único. Esta foi uma das ideias que o novo presidente da AHP deixou, esta quinta-feira, no discurso da tomada de posse.
Para Luís Veiga, não há dúvidas de que a oferta turística portuguesa ainda está muito aquém das possibilidades. Defendeu por isso uma marca “Portugal Competitivo”, com a forte e empenhada participação privada também no Turismo de Portugal.
As potencialidades são grandes e o presidente da AHP desafiou os parceiros privados e públicos para a celebração de um “Compromisso Turismo 2020”. Luís Veiga sublinhou as vantagens da aposta, a começar pela criação de emprego.
Luís Veiga apontou também algumas dificuldades do sector, umas mais burocráticas que outras e que incluem os chamados custos de contexto, agora também com as novas taxas municipais de turismo, que a AHP desaprova.
Neste combate a Associação conta com um aliado de peso: o secretário de Estado do Turismo, Adolfo Mesquita Nunes.
“A possibilidade de termos mais taxas municipais sobre o sector e sobre a actividade turística parece-me dispensável. Apelo a que os autarcas ponderem os efeitos na economia local e na actividade turística da sua decisão”, afirma o governante.
Entre as taxas que Adolfo Mesquita Nunes quer reduzir estão as que se prendem com os licenciamentos e vistorias aos hotéis, aplicadas pelo Turismo de Portugal.
Já a pensar no futuro, o secretário de Estado prepara um novo modelo de promoção do Turismo, em que deverão participar todas as entidades públicas e privadas interessadas e que deverá estar pronto até ao fim do primeiro semestre.