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Campos e Cunha

Não se pode aumentar salário mínimo “à custa da Segurança Social”

02 abr, 2013

Antigo ministro das Finanças, do primeiro Governo de José Sócrates, lembra que a Taxa Social Única existe para “garantir a sustentabilidade do sistema de reformas e não para subsidiar indirectamente as empresas”.

O economista Luís Campos e Cunha não concorda com a sugestão avançada pela UGT de descer a Taxa Social Única das empresas para aumentar o salário mínimo.  Por isso, considera preferível o Estado descer a TSU dos trabalhadores, lembrando que não se deve aumentar o salário mínimo à custa da Segurança Social.

“Não pode ser à custa do Estado e muito menos à custa da Segurança Social que se aumenta o salário mínimo”, defende o antigo ministro das Finanças do primeiro Governo de José Sócrates.

Argumentando que a “TSU existe para garantir a sustentabilidade do sistema de reformas e não para subsidiar indirectamente as empresas”, o economista defende que ser "preferível o Estado congelar o salário mínimo e reduzir a Taxa Social Única para as pessoas e não para as empresas”, aumentando, por esta via, o “rendimento disponível”.

A proposta da UGT de baixar 1% da TSU para ordenados até 600 euros implica um corte de 80 milhões de euros nas receitas das Segurança Social. A proposta avançada pela central sindical mereceu a concordância da Confederação Empresarial de Portugal (CIP).

A ideia é avançar com um aumento do salário mínimo ainda este ano.