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Pedidos de ajuda à Cáritas Madeira mais do que duplicaram

23 mar, 2013

“Nem todas as instituições juntas vão conseguir aguentar esta situação”, a "economia tem que funcionar", defende José Manuel Barbeito.

O número de pedidos de ajuda à Cáritas da Madeira mais do que duplicou desde o ano passado, um sinal da degradação da situação social no arquipélago.

Em declarações à Renascença, José Manuel Barbeito, presidente da Cáritas da Madeira, explica que a instituição apoia todos os meses mais de 400 famílias com cabazes de alimentos.

“É um número muito elevado, porque há uns três anos, os apoios andavam à volta de 170 a 180 agregados. O ano passado dobrou e estamos nos quatrocentos e tal agregados familiares a serem apoiados por mês, isto em termos de cabazes alimentares, porque depois há a acrescentar ainda o apoio imobiliário, quando o temos, e o apoio em electrodomésticos.”

A Cáritas está no limite das suas possibilidades ao nível do fornecimento de cabazes alimentares para carenciados na Madeira.

José Manuel Barbeito diz que, se nada for feito ao nível económico, as organizações que ajudam os madeirenses mais desfavorecidos não vão chegar para as encomendas.

“Nem todas as instituições juntas vão conseguir aguentar esta situação, porque são medidas estruturais que o Estado tem que tomar, a economia tem que funcionar para haver emprego, estabilidade, portanto, há que assegurar os mecanismos económicos para que as coisas possam melhorar”, afirma o presidente da Cáritas da Madeira.