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As árvores têm muito que contar

21 mar, 2013

Dia Mundial da Árvore e das Florestas assinala-se esta quinta-feira.

No Dia Mundial da Árvore e das Florestas, que se assinala esta quinta-feira, Susana Neves, autora do livro “Histórias que fugiram das árvores”, aproveita para chamar a atenção para a importância e necessidade de protecção destes autênticos "amigos verdes".

“O meu livro é uma celebração da companhia das árvores é também uma chamada de atenção: é preciso protegê-las, é preciso não perder as raízes. Espero que nunca mais voltem a olhar as árvores da mesma maneira, espero que o livro altere, pelos textos, pelas informações que fornece, mas também pelas fotografias e a maneira como foram feitas sem causar qualquer dano às árvores, pelo tipo de histórias que conto, pelas informações bastante difíceis – algumas – de conseguir. Toda essa mudança de paradigma, que eu espero que altere a percepção que as pessoas têm das árvores.”

A autora conta, em três capítulos, as histórias de vida de 30 árvores diferentes do nosso país, acompanhadas por imagens. Susana Neves garante que há muito por descobrir.

“Por exemplo, há a história das viagens que elas fizeram, no caso das árvores que vêm de outros países, como as árvores exóticas. É toda essa história, de onde elas partem, como é que elas eram valorizadas na sua própria cultura, toda a sua complexidade, toda a sua inteligência, o impacto que ela teve, o que é que ela nos forneceu, de onde é que veio, que pessoas é que estiveram associadas a ela.”

Em Portugal ainda não se aprendeu a perceber a importância das árvores. Trocar centros comerciais por passeios ao ar livre e ter mais atenção ao ambiente que nos rodeia, são conselhos deixados pela autora.

“Para já, não perder a relação com elas, observá-las atentamente, perceber que há sempre uma árvore a florir durante o ano e observá-las, ir vê-las, em vez de estar nos centros comerciais, por exemplo, ou ver continuadamente futebol, se calhar ir dar um passeio e depois falar com pessoas mais velhas: ‘sabes o que é que se fazia com esta árvore, no passado’. As árvores também podem promover o diálogo", diz Susana Neves.