Tempo
|

Belmiro de Azevedo compara manifestações a "Carnaval permanente"

18 mar, 2013

Empresário defende que sem mão-de-obra barata "não há emprego para ninguém". Sobre a situação financeira do país, considera prioritário viabilizar a captação de fundos, para que não se concretize um cenário de bancarrota.

O "chairman" do grupo Sonae, Belmiro de Azevedo, compara as sucessivas manifestações contra o Governo a um "Carnaval mais ou menos permanente". Ainda assim, o empresário acrescentou que enquanto o povo contesta nas ruas, o país pode dormir descansado - pior seria se as pessoas não se indignassem.

"Nós temos sido engenhosos para fazer essas manifestações, que é quase um Carnaval mais ou menos permanente. Não tem havido grandes desastres e esperemos que assim continue a ser. Enquanto o povo se manifesta, a gente pode dormir mais descansada. O pior é quando não se manifesta", declarou esta segunda-feira, durante o debate que assinalou o 7º aniversário do Clube dos Pensadores, em Gaia,

Sobre as dificuldades de financiamento do Estado português, Belmiro de Azevedo diz que é prioritário viabilizar a captação de fundos, para que não se concretize um cenário de bancarrota.

"Não é desejável que o Estado português possa abrir falência, senão ficávamos sem Estado. Portanto, terá uma certa prioridade e tem tido, não pode é abusar dessa prioridade na captação de fundos", afirma o "chairman" d Sonae.

No mesmo debate em Gaia, Belmiro de Azevedo defendeu que sem mão-de-obra barata "não há emprego para ninguém" e referiu mesmo que os baixos salários podem ser uma vantagem competitiva para Portugal.


[artigo corrigido às 15h57 de 19/03/2013]