Nos últimos 20 anos, a taxa de saída precoce da escola diminuiu mais de 10%, segundo o Atlas do Abandono Escolar, que identifica as zonas do país onde há mais jovens a deixar de estudas, permitindo planear uma intervenção.
A taxa de abandono escolar relativa ao terceiro ciclo do ensino básico diminuiu bastante ao longo dos últimos 20 anos. Um estudo coordenado pelo ex-ministro da Educação David Justino revela que os valores são quase residuais.
O Atlas do Abandono Escolar elaborado pelo Centro de Estudos de Sociologia da Universidade Nova de Lisboa mostra que Paços de Ferreira foi o concelho que mais reduziu a percentagem de alunos que deixam a escola antes do tempo, passando de 33% em 1991 para 2% em 2011.
Mas o concelho com menos abandono escolar neste momento é a Golegã, com a taxa de menos de 1%.
O estudo, cujos resultados vão ser divulgados esta quarta-feira pelo professor e ex-ministro da Educação David Justino, revela, por outro lado, que o maior risco de saída precoce da escola existe no interior.
Sobre o número médio de anos que um aluno frequenta o ensino, a taxa de escolarização média aumentou três anos, sendo os concelhos de Oeiras, Lisboa e Cascais a registar as taxas mais elevadas, na ordem dos 10 anos.
O Atlas do Abandono Escolar vai ser divulgado esta manhã na conferência da Empresários Pela Inclusão Social (EPIS), que, mediante este estudo, pretende planear a sua intervenção.
A EPIS é uma associação criada em 2006 por um grupo de empresários que tem como missão combater o insucesso e o abandono escolar.