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Relatório do FMI faz "prescrição errada" para Portugal

29 jan, 2013

Antigo ministro Campos e Cunha afirma que o Fundo Monetário Internacional fez um diagnóstico "incompleto" da situação.

O relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI), que propõe cortes de quatro mil milhões de euros, “não tem nada a ver com a reforma do Estado” e faz um “diagnóstico errado”, defende Luís Campos e Cunha.

O antigo ministro das Finanças, durante uma conferência sobre a reforma do Estado, em Lisboa, considera que o documento “tem a ver com como cortar quatro mil milhões” e não é uma verdadeira reforma.

“Tem na maior parte dos casos um diagnóstico errado ou enviesado, destorcido, incompleto, portanto, a prescrição é errada, ao lado, nos seus aspectos genéricos”, argumenta o economista.

Campos e Cunha defende que a primeira reforma a fazer é a do sistema político e deixa duas sugestões: listas abertas e novas regras para o financiamento dos partidos, aspectos em que, na sua opinião, o país tem andado para trás.

Para o ex-ministro de José Sócrates, o Estado tem de substituir os interesses privados por trabalhadores qualificados. Luís Campos e Cunha defende que não basta reduzir a administração, a máquina do Estado precisa de pessoas com competência, que eliminem a necessidade de recurso ao privado e dá como exemplo as parcerias público-privadas.