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Daniel Bessa defende requisição civil nos portos

21 nov, 2012

Antigo ministro da Economia diz não entender “que um grupo profissional tenha o poder suficiente para provocar semelhante grau de prejuízo”. Pede ainda ao Governo que “não complique” a vida às empresas que estão a crescer.

O antigo ministro da Economia Daniel Bessa defende que o Governo já deveria ter avançado com a requisição civil nos portos.

Os estivadores e operadores portuários chegaram a "meio acordo" e, até agora, só há serviços mínimos para a greve nos portos de Aveiro e Figueira da Foz.

“Acho que há aqui um prejuízo nacional e tenho alguma dificuldade em perceber que um grupo profissional tenha poder suficiente para provocar semelhante grau de prejuízo”, critica Daniel Bessa.

O antigo ministro reconhece que a decisão é difícil e tem de ser tomada "por gente que tem muito a ponderar", mas, mesmo “correndo o risco de ter impulso a mais e ponderação a menos, diria que sim”.

Daniel Bessa abre, esta quarta-feira, o sexto encontro da COTEC Portugal, a associação empresarial para a inovação, de que é director-geral, e aí defenderá que as empresas portuguesas em expansão só querem que o Governo não atrapalhe. “As empresas que estão a crescer bastante não se preocupam muito com o Governo, portanto, não procuram grandes ajudas”, argumenta.

O director-geral da COTEC sublinha que as empresas procuram evitar “contrariedades do lado público”, pelo que "é isso que, basicamente, se pede ao Governo: que não complique com as autorizações, com a parte regulamentar, com as burocracias”.

O sexto encontro da COTEC Portugal vai ser encerrado pelo Presidente da República, Cavaco Silva.