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Eurogrupo elogia Portugal e dá mais dois anos à Grécia

13 nov, 2012 • Daniel Rosário

"Estou profundamente impressionado pelo recente desempenho português", disse Jean-Claude Juncker.

Eurogrupo elogia Portugal e dá mais dois anos à Grécia

O Eurogrupo está “profundamente impressionado” com a consolidação orçamental em Portugal e deu mais dois anos à Grécia  para reduzir o défice.

Na reunião desta segunda-feira, em Bruxelas, o caso português ficou fora da agenda, mas Jean-Claude Juncker, o presidente do Eurogrupo, reiterou os elogios que se têm vindo a tornar habituais.

“Hoje não discutimos Portugal. De qualquer forma estou profundamente impressionado pelo recente desempenho português no que diz respeito à consolidação orçamental, mas hoje não discutimos isso.”

Mais tempo para a Grécia
O Eurogrupo respondeu positivamente ao pedido do Governo grego para dispor de mais dois anos para reduzir o défice orçamental, numa reunião que expôs as divergências entre a zona euro e o Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre a sustentabilidade da dívida helénica.

Assim, em relação ao défice, Atenas terá que garantir a sua redução para menos de 3% do PIB até 2016, mas essa decisão ainda será confirmada na terça-feira da próxima semana, quando o Eurogrupo se voltar a reunir aprovar o pagamento da nova tranche de ajuda à Grécia. A confirmar-se, esta é a segunda vez que a Grécia obtém mais tempo dos parceiros europeus.

Isto numa altura em que, no contexto da sua visita a Lisboa, Angela Merkel rejeitou que Portugal possa também vir a ter mais tempo para reduzir o défice, apesar da previsível derrapagem da execução orçamental.

A reunião do Eurogrupo, de segunda-feira à noite, terminou mais cedo do que habitual, mas deixou bem patentes as divergências entre o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a zona euro sobre a possibilidade de a dívida grega atingir valores considerados sustentáveis no prazo previsto.

Juncker assumiu que a meta de 120% poderá ser atingida apenas em 2022 e não 2020, tal como inicialmente previsto. Numa manifestação pública sem precedentes de um desentendimento, a directora-geral do FMI disse não partilhar tal posição e em posteriores declarações à imprensa criticou abertamente o presidente do Eurogrupo por ter falado na nova data.