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Ministério da Segurança Social confirma perdas em bolsa, mas garante que já recuperou

06 nov, 2012

Fundo que tem as reservas destinadas às pensões teve perdas superiores a 1,5 mil milhões de euros, segundo um relatório do Tribunal de Contas citado pelo "Correio da Manhã".

Ministério da Segurança Social confirma perdas em bolsa, mas garante que já recuperou

O Governo garante que o Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FEFSS), que tem as reservas destinadas às pensões, recuperou este ano das perdas registadas em bolsa ao longo de 2011.

De acordo com um comunicado do Ministério da Segurança Social, o valor de mercado do FEFSS no final de Outubro deste ano é superior ao que se verificava no início e no fim de 2011.

"A 31 de Dezembro de 2011, o montante do FEFSS ascendia a 8.872 milhões de euros, dos quais 4.465 milhões correspondiam ao valor da dívida pública portuguesa detida", refere o comunicado. "O valor de mercado do FEFSS era de 10.676 milhões de euros no final de Outubro de 2012, valor que é superior em 1.000 milhões de euros ao registado em Janeiro de 2011", acrescenta o texto.

O Ministério explica que esta recuperação deve-se ao mesmo motivo que esteve na base das perdas: a dívida pública. "Grande parte do valor da dívida pública nacional valorizou 48% no ano de 2012. Já a dívida publica não nacional valorizou 4,55%. A carteira de ações do FEFSS viu assim o seu valor aumentar em 8,1%", diz o comunicado do gabinete de Pedro Mota Soares.

"O desempenho do FEFSS em 2011 foi o resultado do impacto da crise das dívidas, quer directamente na dívida detida, quer indirectamente pelo contágio aos mercados de acções", argumento ainda o Governo. "Já em 2008 e 2009 teve o FEFSS idêntica desvalorização, tendo vindo a recuperar o seu valor", lê-se ainda.

Na origem da reacção do Ministério da Segurança Social está um relatório do Tribunal de Contas, citado pelo "Correio da Manhã" (CM), que diz que a variação das mais-valias potenciais do fundo atingiu 1.531 milhões de euros negativos. Esta terça-feira, o CM escreve ainda que há dinheiro apenas para pagar oito meses e meio de reformas.

[artigo corrigido às 16h50]