Solução é "tirar um dos subsídios a todas as pessoas"
12 jul, 2012
Directora-adjunta do "Jornal de Negócios" considera que Passos Coelho não tem outra hipótese, face ao veto do Tribunal Constitucional aos cortes dos subsídios de férias e de Natal dos funcionários públicos e pensionistas.
O Governo vai ter de cortar um dos subsídios a todos os portugueses em 2013, considera Helena Garrido, jornalista especializada em economia.
A também directora-adjunta do "Jornal de Negócios" considera que o Governo não tem muitas alternativas. "A alternativa viável é lançar um imposto extraordinário para um dos subsídios, ou seja, tirar um dos subsídios a todas as pessoas. Claro que no sector privado chama-se 'impostos', no sector público pode chamar-se 'corte salarial'", refere Helena Garrido.
“A grande questão é saber como é que o CDS vai aceitar essa solução, uma vez que já prometeu que não haveria mais nenhum imposto”, acrescenta ainda.
Pedro Passos Coelho ainda não anunciou o que vai fazer para compensar o veto do Tribunal Constitucional ao corte dos subsídios de Natal e de férias da função pública e dos pensionistas.
Já para tapar o buraco orçamental deste ano, a saída mais provável é "rapar o tacho" dos fundos de pensões da banca, mas, para isso, terá de haver autorização da "troika".
"É a ‘troika’ viabilizar de novo a utilização de receitas extraordinárias, ou seja, da integração, como se fez o ano passado, dentro do Estado e das receitas do Estado, dos fundos de pensões. Há ainda parte dos fundos de pensões da banca que não foram integrados no sector público administrativo”, considera Helena Garrido..